domingo, 17 de julho de 2011

Intensidade dos treinos agrada Fábio Rochemback

Elogiado pela disposição, volante fala sobre adaptação ao trabalho de Julinho Camargo

fabio rochemback grêmio treino (Foto: Edu Andrade / Agência Estado)
Julinho Camargo já elogiou mais de uma vez o empenho do volante Fábio Rochemback nos treinos. E o jogador, capitão do Grêmio desde o segundo semestre do ano passado, mostra-se adaptado aos métodos do novo treinador.
Rochemback afirma que foi importante contar com a transferência do confronto com o Figueirense, do próximo domingo para a quarta-feira seguinte, permitindo a Julinho Camargo ter mais tempo para trabalhar com o grupo.
- Depois de uma vitoria contra o Coxa, que precisávamos, temos um tempo bom para trabalhar e conhecer bem o que ele quer. Todos já estão bem juntos com ele. É um fator importante o tempo para trabalhar, que não tinha ainda. Estamos trabalhando forte para fazer um bom jogo. (...) É bom essa força, esse trabalho que está fazendo e nos desgasta. Eu gosto disso, não quero ficar parado. Ele coloca um pouco mais a cada jogador - avaliou.
Para o capitão gremista, há alguma semelhança com o trabalho dos treinadores europeus:
- Ele explica o treinamento, é isso que eu posso falar. Temos conversas internas. Ele comenta do modo dele de quem não conhece ele. Isso é bom. Dá apoio e acerta a motivação. Além da cobrança. (...) Vejo semelhanças com o que acontece na Europa. Ele pede para nós diminuirmos os espaços, atuar sempre juntos, perto, isso me lembra os trabalhos que eram realizados lá.
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Julinho Camargo não pretende se manifestar sobre contratações

Técnico do Grêmio deixa qualquer eventual negociação a critério dos dirigentes


Julinho Camargo e Antônio Vicente Martins (Foto: Eduardo Cecconi/Globoesporte.com) Os dirigentes do Grêmio encontraram em Julinho Camargo o perfil elaborado logo após a demissão de Renato Gaúcho: um profissional mais voltado ao trabalho de campo, alijando-se de participação nas decisões do departamento de futebol.
Perguntado se esperava reforços durante o Campeonato Brasileiro - um empresário chegou a oferecer o zagueiro Gabriel Milito, da seleção argentina - Julinho Camargo deixou o assunto sob responsabilidade dos dirigentes.
- Estou chegando, estou com tanta coisa para resolver no campo, que é o que eu gosto e sei fazer, que deixo essa questão fora do campo para os dirigentes resolverem. O Grêmio é um clube de peso, tem de estar sempre com a porta aberta para grandes jogadores. A qualificação do elenco, em um clube grande, é sempre para pensar em mais, mas cabe à direção - explicou, para completar:
- Temos na figura do diretor executivo a pessoa correta para dar direção e ação neste sentido.
O Grêmio tem poucos recursos para prospectar reforços no mercado. O clube tenta negociar o zagueiro Neuton com o Udinese, recebendo aproximadamente um milhão de euros à vista, mas o desfecho ainda não foi anunciado.

Julinho Camargo minimiza polêmica e não descarta dupla de articulação

Técnico do Grêmio abre possibilidade para escalar Marquinhos e Douglas, eventualmente


marquinhos grêmio treino (Foto: Wesley Santos / PressDigital) Na última quinta-feira o meia Marquinhos reivindicou titularidade no Grêmio. Em entrevista coletiva, disse que esperava formar dupla com Douglas quando foi contratado, e não ser o reserva do camisa 10.
No mesmo dia, o vice de futebol Antônio Vicente Martins desautorizou o jogador, na Rádio Gaúcha.
Mas o técnico Julinho Camargo preferiu não alimentar a polêmica que se estabelecia. Perguntado sobre as declarações de Marquinhos, encarou o assunto com naturalidade. E disse que os titulares são escolhidos conforme a resposta ao sistema tático, e o merecimento.
- O Marquinhos e o Douglas podem jogar juntos sim, por que não? Gosto muito dos dois, e eles estão trabalhando bem. Mas é uma questão tática e de merecimento interno, há outros jogadores de meio trabalhando bem, como o Mithyuê, o Escudero. Eles podem jogar bem, mas é uma questão interna - afirmou.
O treinador do Grêmio reiterou que não interpretou mal as manifestações de Marquinhos.
- O Marquinhos sabe se expressar bem. Quando ele fala que dois camisas 10 podem jogar juntos, ele está certo. Mas para mim foi uma coisa natural, normal.
Contra o Figueirense, na próxima quarta-feira, Marquinhos deve ser titular devido à suspensão de Douglas.

Julinho comenta treino puxado: 'Eles estão mortos, mas vou matando'

Técnico do Grêmio se descontrai em entrevista coletiva pela primeira vez


Julinho Camargo é apresentado no Grêmio (Foto: Alexandre Alliatti / Globoesporte.com) Se Renato Gaúcho é uma pessoa naturalmente descontraída, figura quase folclórica do futebol brasileiro, seu substituto no comando técnico do Grêmio tem perfil diferente.
Julinho Camargo é um treinador mais comedido. Mas, aos poucos, ele também vai dando espaço à descontração no ambiente de trabalho.
Na entrevista coletiva do final desta sexta-feira, Julinho Camargo espontaneamente foi engraçado.
Riu e provocou risos entre os repórteres quando perguntado se a intensidade dos treinos elaborados por ele tem desgastado os jogadores.
- Eu vou falando com o preparador físico, e ele dizendo 'acabou', e eu vou falando 'mais um pouquinho, mais um pouquinho'. Eles estão mortos, mas eu vou matando os caras (risos) - disse.
- Jogador não reclama até os 12 anos. Depois eles são chatos e reclamam até encerrar a carreira (risos). O trabalho do Renato era muito bom; o meu tem minha característica. É claro que tem diferença. Assim como o trabalho do próximo será diferente também.
Para ilustrar o impacto dos treinos, Julinho Camargo usou Fábio Rochemback como exemplo de dedicação, apesar da alta intensidade da programação.
- Hoje o Fábio, que treina com muita intensidade, deu três piques seguidos e eu olhei para ele, e pensei 'nossa, o coitado está na capa'. É isso que me deixa feliz, ver que a moçada está se entregando - afirmou, abreviando a expressão tipicamente gauchesca "na capa da gaita", que significa extremamente cansado.

Grêmio antecipa folga do final de semana e cancela treino da tarde

Jogadores trabalharam durante a manhã deste sábado, no Estádio Olímpico


Julinho Camargo conversa com os jogadores (Foto: Eduardo Cecconi/Globoesporte.com) Com a classificação do Brasil à fase final da Copa América, a partida entre Figueirense e Grêmio foi transferida para a próxima quarta-feira, em Florianópolis. Modificação que permitiu ao clube gaúcho refazer a programação de treinos, que sofreu diversas alterações.
Primeiro, o técnico Julinho Camargo marcou treinos para as manhãs de sábado e domingo. Depois, determinou folga no domingo, e trabalho em dois turnos no sábado. Mas houve uma nova troca, antecipando o início do descanso para os jogadores.
Após o treino da manhã deste sábado, no Estádio Olímpico, os jogadores foram liberados. À tarde o grupo já poderá curtir o tempo de folga, mantida também para domingo. Os tricolores voltam a treinar na segunda-feira, e a viagem a Santa Catarina ocorre no dia seguinte.
Neuton, que ainda aguarda o desfecho da sua venda para o italiano Udinese voltou a treinar. O empresário do jogador viajou à Itália e ainda não transmitiu novidades à diretoria do clube gaúcho

Lúcio e Adilson voltam a treinar, em atividade que prioriza finalizações

Grêmio conta com grupo quase completo no trabalho da manhã desta sexta


Treino do Grêmio em Eldorado do Sul (Foto: Eduardo Cecconi/Globoesporte.com) Para preservar os gramados do Estádio Olímpico e do campo suplementar, anexo à sede tricolor, o Grêmio treinou no CT de Eldorado do Sul, na manhã desta sexta-feira. Julinho Camargo comandou uma atividade de finalizações no município vizinho à capital gaúcha. Durante a tarde, o trabalho volta a ser realizado no Olímpico.
Julinho em um lado do campo, e o auxiliar Roger no outro, não pouparam os jogadores de orientações em voz alta, pedindo capricho nos cruzamentos e nas conclusões.
A comissão técnica aproveita o adiamento do jogo contra o Figueirense, para a próxima quarta-feira, e aprimora fundamentos em débito na campanha irregular da equipe no Campeonato Brasileiro.
Recuperados de lesões musculares, Adilson e Lúcio voltaram aos treinos. Se conseguirem adquirir bom condicionamento até a quarta-feira, tornam-se alternativas para o confronto contra o Figueirense. Adilson deve ser reserva dos volantes Fábio Rochemback e Gilberto Silva, enquanto Lúcio vai disputar posição com Bruno Collaço na lateral-esquerda.
De todo o grupo, apenas os zagueiros Rodolfo e Vilson não participaram, ambos em tratamento no departamento médico do clube. No sábado haverá novo treino em dois turnos, e os jogadores recebem folga no domingo.

Marcelo Grohe alcança o auge na sétima temporada como profissional

Goleiro substitui Victor no Grêmio destacando-se pelas defesas difíceis


Em janeiro do ano 2000 um olheiro do Grêmio observou, durante torneio disputado no litoral gaúcho,  a desenvoltura de um menino atuando como goleiro. E o convidou para ser testado no centro de treinamentos do bairro Cristal, à beira das águas do Guaíba, em Porto Alegre.
Natural de Campo Bom, município próximo à capital, Marcelo Grohe apresentou-se dois meses depois. Com 13 anos, mal disfarçava a alegria proporcionada pelo clube do seu coração. Aprovado, de torcedor transformou-se em jogador.
Nestes onze anos dedicados ao Grêmio, Marcelo Grohe agregou alguns centímetros à própria estatura. No Olímpico viu passar a infância, a adolescência, e tornou-se adulto. Agora mede 1,88m, embora não seja físico o crescimento mais significativo.
Marcelo Grohe agigantou-se, de forma imensurável. Com ele à frente, as traves parecem mais próximas. A distância entre os postes, principalmente sob a perspectiva dos atacantes adversários, diminui dos 7,32 metros originais, assim como os 2,44 metros do gramado até o travessão encurtam drasticamente.

Marcelo Grohe, goleiro do Grêmio (Foto: Bruno Junqueira/TRATO.TXT) 
Marcelo Grohe, goleiro do Grêmio, há 11 anos no clube
 
Com 24 anos, ele alcança o auge na carreira, em sua sétima temporada como profissional pelo Grêmio. Tudo começou em 2005, ainda garoto, assistindo desde então à passagem de outros companheiros pelo time titular. Foi reserva de Galatto, Saja, e a partir de 2008 substitui Victor quando necessário.
E foram as convocações cada vez mais constantes do camisa 1 gremista que abriram novas oportunidades a Marcelo Grohe. Com o titular servindo à Seleção Brasileira, enfileirou boa sequência de jogos. Enquanto Victor não retorna da Copa América, aproveita para demonstrar o quanto amadureceu nestes onze anos de Grêmio.
- Sempre falo que me sinto mais experiente, mais maduro. É minha sétima temporada como profissional. Aprendi bastante, amadureci, fiquei mais experiente. Todo profissional evolui.
Pouco utilizado, Grohe era uma incógnita para os torcedores. A iminência de perder Victor para a Seleção provocava insônia entre os gremistas. Não haveria como o reserva equiparar-se ao titular, pensavam. Cinco jogos depois de ingressar na área tricolor como um gigante que tripudia dos oponentes ao bloquear com segurança conclusões que anunciavam-se indefensáveis, Grohe provoca outro tipo de dúvida nas arquibancadas: como recolocar Victor no gol sem cometer uma injustiça com Grohe?
Dos nove jogos disputados pelo Grêmio no Campeonato Brasileiro deste ano, Grohe foi o goleiro em cinco deles, enquanto Victor atuou nos quatro restantes. Ambos sofreram o mesmo número de gols - seis cada. Nas defesas realizadas, entretanto, o reserva supera o titular em duas estatísticas: Grohe fez 13 defesas difíceis, contra 7 de Victor; e outras 16 consideradas 'normais', o dobro exato na comparação com as 8 praticadas pelo companheiro.

marcelo grohe grêmio botafogo (Foto: André Durão / Globoesporte.com) 
Grohe praticou 29 defesas em 5 jogos no Brasileirão 2011 

- Sempre trabalhei, sem desanimar. Sempre continuei focado. Tem que destacar ainda o trabalho do Chiquinho (Francisco Cersósimo, preparador de goleiros) e do Rogério, que substitui o Chiquinho quando ele está na Seleção - avaliou, humilde.
Este processo de agigantamento de Marcelo Grohe tem amparo técnico. Mais confiante, mais experiente, mais maduro, ele espreita adversário com a bola sem definir o próprio movimento. Espera o máximo de tempo até saltar para a defesa:
- Procuro sempre esperar o máximo possível pela definição do atacante. Nisso entra a experiência, a vivência. É possível imaginar o que vai acontecer na jogada, o goleiro já sabe onde o atacante provavelmente vai bater a bola. Mas para chegar nesse ponto é preciso jogar, a sequência é que te dá isso.